"Lembra-te do dia do descanso, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o repouso do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro Das tuas portas. Por que em seis dias fez o Senhor o Céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; Por isso o Senhor abençoou o dia do repouso e o santificou" (Ex 20.8-11)
Creio no Dia do Senhor; creio no Dia do Descanso por duas razões, pelo menos: por Quem foi instituído, e para que o foi. Creio no Dia do Senhor porque a Escritura Sagrada apresenta o cuidado e carinho do Criador pela sua criatura, criada à Sua imagem e semelhança; creio porque o próprio Deus descansou; creio pelo aspecto humanitário, e pela sua dimensão altamente espiritual. Creio no Dia do Senhor porque todo o esquema da criação e da nova criação se explica no dia do repouso semanal. E, naturalmente, há um princípio que, embasando o Dia do Descanso, o torna sagrado, separado, santificado: é o princípio de que "a parte significa o todo" (quem se aventurou pelos estudos da estilística reconhece que essa é uma figura de linguagem que toma o nome de sinédoque). É altamente significativo esse princípio para várias práticas do Antigo Testamento, práticas e usos que encontram respaldo na Nova Aliança: no Pentateuco, encontramos o conceito de que se traziam as primícias da colheita para que toda a colheita fosse santificada (Ex. 19.6; Lv 20.26; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6); uma família, a de Abraão, que foi escolhida por Deus para que todas as famílias fossem abençoadas (Gn 12. 1-3; 18.1,18; 27.29); um homem no meio dos outros homens para que todos fossem abençoados (Ex. 28.1; Mt 10.1 ss); o primeiro filho separado e escolhido dos outros filhos para que toda a família fosse abençoada (Ex 22.19b; Jo 3.16; Rm 8.29); 10% da renda para que abençoada seja toda a renda (Lv. 27.30; M1 3.10; Mt 23.23; Lc 11.42); o conceito de um alguém que padece intensos sofrimentos, o "Servo Sofredor", para que todos possam ser resgatados da maldição e da dor (Is 53.1-12; Hb 9.28; 1Pe 2.21-24).
O mesmo acontece quanto ao Dia do Descanso, quando se reconhece que o tempo pertence a Deus, bem como o todo da criação (Ex 20.8-11; Dt 5.12-15; Lc 13.10-17; Hb 4.9-11)!
O SÉTIMO DIA
Vamos partir de um consenso: é preciso traduzir o nome do sétimo dia para tornar o conceito e seu ensino claro, de modo que ninguém confunda o abençoado conceito com o dia da semana em português que tem o mesmo nome.
A palavra sábado não pertence à nossa língua, é uma transliteração, um aportuguesamento de uma palavra hebraica (Shabbath) que significa "cessação". Alguém está trabalhando e faz uma pausa no que está fazendo, em hebraico dirá, "vou fazer um shabbath agora"). Significa "interrupção"; é o caso de você estar escrevendo uma carta, o telefone toca e você interrompe o que estava fazendo. Em hebraico, dir-se-ia "preciso fazer um shabbat para atender o telefone". Outras traduções possíveis são "repouso, abstenção, desistência," e, por incrível que pareça, a palavra "greve" do hebraico contemporâneo se traduz por shabbath, por ser uma "cessação de trabalho". Por essas razões, no possível, usaremos a expressão "Dia de Descanso" que é precisamente o que significa o hebraico Yom haShabbath, dia de "sábado", dia de repouso. Esclareçamos que os hebreus dividiam o tempo desta maneira: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, quarto dia, quinto dia, sexto dia e Dia do Descanso.
PARA ENTENDER...
É necessário que se traduza para que compreendamos a revelação divina, e não nos apeguemos à guarda de um dia do calendário considerado imutável, além de atribuir conotações cerimoniais a uma lei apodítica, moral. Aliás, o dia semanal chamado sábado encontra barreiras no fuso horário. São 11h10, o que significa que começamos o "sábado" do calendário antes de os habitantes dos Estados Unidos (eles mesmos separados no tempo por vários fusos horários) terem começado o "sábado" deles. Se o sábado é imutável, criou-se um problema! E os crentes japoneses já terminaram o culto desta noite e voltaram para casa porque no Japão são 23h10, e já estão dormindo ou se preparando para isso. O fuso horário se tornou herege: no horário de verão, adianta-se uma hora; no horário de inverno, nos Estados Unidos, atrasam uma hora.
E nós aprendemos com a Palavra de Deus que a observância do Dia de Descanso é anterior à entrega da Lei no Sinai. Se alguém pensa que este significativo e abençoador dia foi estabelecido na entrega da Lei no Sinai, deve tomar conhecimento de que já era observado. Na realidade, quando da concessão do alimento chamado maná (Ex 16), o relato o menciona: "E ele lhes disse: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor; o que quiserdes assar ao forno, assai-o, e o que quiserdes cozer em água; e tudo o que sobejar, ponde-o de lado para vós, guardando-o para amanhã. Guardaram-no, pois, até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal, nem houve nele bicho algum. Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis do campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá" (Ex 16.23-26).
Já existia, portanto, o Dia de Descanso, que vinha sendo observado pelo povo de Deus. E porque o costume do descanso já existia, foi incorporado à Lei com essa recomendação no quarto mandamento: "Lembra-te do dia do descanso para o santificar". Isso nos ensina que a guarda do repouso semanal é marca e evidência da liberdade do ser humano, da sua liberdade individual. Essa é a dimensão humanitária desse dia da qual todos (escravos, estrangeiros, e, mesmo, os animais) deviam se beneficiar de acordo com Êxodo 20.10: "Nesse dia nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas". E isso nos ensina que temos a tarefa não só de guardar, mas de "santificar" esse dia; não apenas descanso físico, mas de sustento para o espírito. Nosso ritmo humano de trabalho e descanso, trabalho por seis dias, e descanso em um dia, é reflexo da imagem de Deus porque a Bíblia diz em Gênesis 2.2: "Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera".
Engraçado enquanto pastores de outras igrejas pregam sobre os mandamentos missionarios e pastores adventistas da promessa sao denunciados pela policia, Conforme site da propria igreja adventista da promessa o miss. Joao Figueira dos Santos foi eleito na assembleia geral o 3 pastor que mais batizou na igreja em 2009 é denunciado por assedio sexual, por uma membra da igreja, Vamos orar pela(s) vitimas.http://www.jesocarneiro.com.br/seguranca-publica/pastor-das-ovelhas.html
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